Jovens demais?

Todos nós sentimos o mesmo quando chegamos em A.A. – que éramos jovens demais para sermos alcoólicos. Alguns de nós não havíamos bebido por muito tempo. Alguns de nós não havíamos tomado bebida forte. Alguns de nós não chegamos a cair ou ter perda de memória.

“É só sentar-se e prestar atenção”, foi o que nos disseram. “Você pode voltar a beber a hora que quiser. Mas, primeiro, tente assistir a algumas reuniões de A.A. porque, se não tivesse problema algum com a bebida, não estaria aqui.”

Logo ouvimos dizer que tanto faz quanto bebemos, onde bebemos; o que bebemos ou a idade que temos – o que importa é o que o álcool faz dentro de nós. Ninguém melhor do que você mesmo para avaliar se tem ou não problema. E você sabe disso intimamente – se você se sente culpado, isolado, envergonhado; se o álcool está interferindo em sua vida talvez A.A. possa ajudá-lo a se decidir.

Todos nós nos sentimos estranhos indo para A.A. Mas acabamos percebendo que A.A. salvou nossas vidas e deu-nos um novo começo – foi o melhor que podia ter-nos acontecido.

Como conseguimos ficar longe da bebida?

Indo às reuniões de A.A. sempre que pudermos. Lá ouvimos relatos pessoais iguais a este. Ouvindo esses depoimentos, damos conta de que não somos os únicos – que outros passaram por quase tudo pelo que nós também passamos. Aprendemos a não comparar os fatos externos de nossa história com as que ouvimos, mas sim a nos identificar com os sentimentos dos que falam. Em várias comunidades existem grupos de jovens, assim não nos sentiremos diferentes.

Vamos mudando gradualmente a cada dia que passa, ajudando outros alcoólicos. E, pelo fato de ajudar, permanecemos sóbrios, saudáveis e satisfeitos. Encontramos a verdadeira liberdade, pela primeira vez na vida, pois escapamos da escura prisão do alcoolismo que estava se fechando ao nosso redor. Agora estamos livres para descobrir quem somos, o que pretendemos ser e o significado de nossa existência.

(trechos extraídos do Livrete “Os Jovens e A.A." - com permissão)